O baú das memórias do teatro de Mire de Tibães II

E, no regresso às memórias…
Aqui estamos, prosseguindo a publicação de mais algumas imagens obtidas a partir da digitalização de documentos facultados pelas pessoas que tivemos o prazer de entrevistar. Como orientação, tentaremos seguir uma ordem cronológica dos acontecimentos, do mais antigo para o mais recente. Serão certamente coisas desconhecidas para muitos e algumas recordações para poucos de nós…

Imagem 5 - Sala do Recibo – Entre finais do ano de 1932 e inícios da década de sessenta, a Sala do Recibo do Mosteiro de Tibães esteve convertida numa sala de teatro, devidamente adaptada com palco e bancadas, onde os Patronatos de S. Bento dos homens, dos rapazes e das crianças faziam as suas representações dramatúrgicas periódicas. Terá sido o primeiro espaço cénico de Mire de Tibães propriamente dito. Era denominada pelos beneditinos (D. António Coelho, frei Bento Alves Ferreira e frei Martinho da Cunha) por sala do Teatro de Tibães ou Teatro do Patronato ou ainda Teatro do Recibo.

Imagem5 - Sala do Recibo antes de 1986


Imagem 6 – Teatro do Recibo – Encontrámos a adaptação da sala anotada no boletim “A Vida Paroquial” do mês de março de 1934. Ao lermos o capítulo “O Nosso Teatro”, deparamo-nos com a observação “e o salão do Teatro pôde desta vez oferecer um aspecto lindo e bom conforto, graças às novas bancadas.” E, de seguida, de forma pormenorizada, vem enunciado o contributo de diferentes elementos do Patronato, mas não só, envolvidos no trabalho dessa alteração. E, como se pode ler, os beneditinos agradecem, mencionando várias pessoas: João Macedo Dias (Procurador do Patronato); Domingos Cândido Pinto; Maria Amália Monteiro Vieira Marques de Pádua e irmão José Marques (proprietários do Mosteiro à época); Manuel Vieira da Silva (Tesoureiro do Patronato); José Gomes Quintâs; António Moreira; Francisco Vieira da Silva (Vice-Secretário do Patronato); Francisco de Araújo; Luís da Cunha Machado; Manuel Gomes; António de Araújo; Manuel Gomes Moreira; Manuel Mouro; Domingos José Ribeiro; João Gonçalves da Silva e Manuel Joaquim Ferreira Dias Coelho (Presidente da Junta de Freguesia).

Imagem6 - A Vida Paroquial, Março 1934, Teatro do Recibo


Imagem 7 – Peça de Teatro – Descobrimos uma opereta “Flor da Aldeia”, copiada numa máquina de escrever pela mão do então Presidente da Junta, João Pinto Gomes Veiga, em 1951. Como se pode verificar, a transcrição demorou três dias a ser efetuada. Nesse ano, esta peça foi levada à cena pelo Grupo Cénico da Casa do Povo. Segundo o depoimento de Manuel Igreja, entraram na sua representação Francisco Silva, Armindo Rainha, Florinda Rainha, Aurélio Igreja, Dionísio Igreja, Álvaro Peixoto Igreja e João Correia da Silva.

Imagem7 - Opereta Flor da Aldeia 1951 (final)


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