Eram nove horas da manhã de um lindo dia de verão, quando abalámos do Mosteiro de Tibães em direção ao Alto Minho.
Começámos o circuito pela freguesia valenciana de Cerdal, capela de São Bento de Passos e terreiro de São Bento da Lagoa. Ali, ouvimos falar da tradicional e secular Feira dos Santos, um dos seus
Capela de São Bento de Passos |
Antes de abandonar o local e a conselho do pároco, decidiu-se arranjar um tempinho extra para visitarmos a linda igreja matriz de Cerdal onde pudemos apreciar uma invulgar imagem de roca de S. Bento que é vestida com trajes de tecido.
Pelo meio-dia, seguindo a rota beneditina, dirigimo-nos para o Mosteiro de Ganfei, cujo nome deriva do patrocinador da sua reconstrução no
Mosteiro de Ganfei |
Deram as treze badaladas e encaminhamo-nos para o Monte de Faro para realizarmos a pausa do piquenique no seu bonito e fresco parque de merendas. É um dos miradouros mais privilegiados do Alto Minho com uma vista que abrange todo o vale do rio Minho, desde Valença a Caminha. O farnel, da responsabilidade de cada participante, proporcionou um saudável e alegre convívio entre todos. Sobrou tempo para tomar um café no restaurante da estalagem existente no local e fazermos uma vista à capela barroca de Nossa Senhora de Faro.
Tínhamos ainda a visitar o Mosteiro beneditino de Sanfins de Friestas, um dos monumentos mais importantes de Valença. Lá prosseguimos pelo vale do Minho e chegámos ao lugar de Friestas.
Igreja do Mosteiro de Sanfins de Friestas |
Subindo um pouco, encontrámos as ruínas do cenóbio envolvido por uma mata de carvalhos, a cerca de 200 metros de altitude, de onde se pode desfrutar de vistas sobre o vale do rio Minho.
No meio da vegetação espontânea e ruínas conventuais algo confrangedoras, ressalta a igreja românica relativamente bem conservada, sobre plataforma acedida por escadaria.
O templo tem planta disposta longitudinalmente, com nave única e cabeceira em dois tramos, sendo um retangular e o outro em semicírculo. A cobertura é feita por telhados diferenciados de uma e duas águas. Coroando as fachadas laterais e as do tramo retangular da cabeceira corre uma cornija sobre cachorrada onde predominam cabeças humanas e de animais.
Na abside em semicírculo, que constitui o outro tramo da cabeceira, a cornija é sustentada por cachorrada do mesmo tipo da anterior e por quatro colunas adossadas cujos capitéis apresentam uma decoração muito densa em folhagens e corpos humanos. Três frestas inseridas por arcos de volta inteira assentes em colunelos com capitéis decorados permitem a iluminação do interior da cabeceira.
Depois de voltearmos pelas ruínas, imaginando a vida monacal no espaço visitado, começámos a reunir, pois já se aproximava a hora de regresso.
Tornámos ao ponto de partida, satisfeitos por mais estas excecionais descobertas, agradecendo a disponibilidade e a oportunidade proporcionada pelos nossos guias que, de forma voluntária e gratuita, nos têm proporcionado estes grandes momentos.
Sócio do GAMT nº 2
Interior da capela de São Bento de Passos |
Igreja românica de Ganfei |
Interior da Igreja do Mosteiro de Sanfins de Friestas |
Ruínas conventuais de Sanfins de Friestas |
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Piquenique no Monte de Faro |
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Vista do Monte de Faro |
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